Dia desses tirei um tempo para recapitular todos os executivos que apoiei ano passado, seja em projetos de reposicionamento profissional ou aconselhamento de carreira. Me dei conta que, de uma forma ou de outra, um tema se repetiu. Profissionais que após 20 anos de uma trajetória profissional bem sucedida se viam diante de um beco sem saída, de um esvaziamento completo do sentido de suas carreiras. Profissionais que ao buscarem um redirecionamento de suas carreiras e um planejamento de seus próximos passos não conseguiam responder ao primeiro “Para quê?”.
Uso os termos “vazio” e “frustração profissional” emprestados da logoterapia (vazio e frustração existencial). Viktor Frankl postula que este vazio existencial acontece porque “os instintos não dizem ao homem o que ele tem de fazer e, diferentemente do homem do passado, o homem de hoje não tem mais a tradição que lhe diga o que deve fazer. Não sabendo o que tem e tampouco o que deve fazer, no fundo já não sabe muitas vezes o que quer. Assim, só quer o que os outros querem ou só faz o que os outros querem que faça”.
O sofrimento tem um sentido quando tu mesmo te tornas outro
Este homem profissionalmente frustrado não encontrada nada com que possa preencher este vazio e esta vontade de sentido surge quando a coisa beira o desespero.
Este sentido não pode ser dado, ele deve (e pode) ser encontrado, especialmente quando se vê um sentido no que se faz ou se cria, nas experiências que se vive ou em amar alguém.
É possível também (re)descobrir o sentido ao se deparar em total desamparo com uma situação desesperadora. Quando não se pode mais moldar o destino, somente a firmeza e atitude com a qual se vai ao encontro do inevitável e irrevogável “são capazes de transformar e remodelar o sofrimento para transformá-lo em uma realização. O sofrimento ganha um sentido quando com ele nos tornamos outro”.
Quanto mais se absorve em uma tarefa ou em uma causa, quanto mais se entrega à pessoa que se ama, “tanto mais o homem é homem e tanto mais é si mesmo”.
Curiosamente, só quando estamos nesse flow podemos realizar a nós mesmos à medida que nos esquecemos de nós.
Em última instância, o que todos realmente queremos é, “não a felicidade em si, mas um motivo para ser feliz.”
Quer reencontrar seus motivos para ser feliz com o que você já tem?
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