O coaching é uma boa ideia para crianças em idade escolar?
A matéria publicada hoje no Estadão dá conta de que os serviços de coaching passaram a ser oferecidos para crianças a partir de 2 anos de idade como uma ferramenta para desenvolvimento de habilidades sociais e aprendizado.
Antes de querer criticar ou advogar em causa própria em relação ao tema, entendo que pais atentos adicionam mais esta atividade à extensa rotina diária de seus filhos com a melhor das intenções: incentivar a liderança natural e positiva, o protagonismo ou fazer com que seus filhos enxerguem o outro em seus relacionamentos, estes sim a matéria que nos faz crescer através das experiências e nos reconhecermos em todas as nossas potencialidades.
É importante, entretanto, lembrar que as crianças como um elo mais frágil da estrutura familiar são os componentes que primeiro evidenciarão com sintomas que algo não vai bem, e a família irá buscar uma série de maneiras para compensar estas deficiências em suas relações, rotulando seus filhos (o menino de ouro, o menino que faz tudo errado, a menina tímida, entre tantos…), tendo dificuldades em estabelecer regras e autoridade, ou até mesmo elevando os filhos a um status de liderança (colocando-os em cima da cadeira como diria Virginia Satir) para compensar a falta de tempo e atenção.
Uma vez que a criança tenha seus sentimentos reconhecidos e seu lugar estabelecido na família, uma série de coisas se encaixam e começam a andar naturalmente. Portanto, não é surpresa que muitas vezes quem precisa de algum tipo de apoio para equilibrar um dia-a-dia ultracompetitivo e a família sejam os pais.